26 de janeiro de 2011

Down Hill

As postagens ultimamente têm se tornado cada vez mais escassas pelo fato de na Bolívia não haver tanta disponibilidade de internet como nos outros países que estivemos anteriormente. No momento acabamos de chegar no Peru, e estamos na sala de computador do hostel esperando dar 13h para podemos fazer o check-in. A viagem de Copacabana para cá levou cerca de 11 horas e foi relativamente tranquila, mesmo com um ônibus desconfortável que foi a maior parte do tempo com a luz acesa, dificultando o sono de todos.

Continuando de onde o Johnis parou - o Down Hill em La Paz - como ele mesmo já havia comentado por alto foi sensacional. Infelizmente fomos só eu e o Tomás porque ele ficou doente justo nesse dia, mas pelo menos pode acompanhar nossa aventura pelas fotos e filmagens feitas. Ainda na van que nos levava ao topo da montanha fizemos amizade com dois argentinos, os quais foram nossos parceiros na descida até quase o final do passeio. Digo quase até o final porque um deles sofreu uma queda já nos quilômetros finais, quebrou a clavícula e foi levado, junto com seu amigo, até um hospital mais próximo. Fora o incidente o passeio foi demais, foram 63 quilômetros de descida com variados tipos de paisagem. No início, além da montanha nevada, começou a chover, o que numa altitude de 4700m significa neve! Descer o topo da montanha enquanto nevava foi uma sensação única, e só não foi perfeita porque nos minutos finais não aguentei o frio (não fui muito preparado pois não sabia que iria nevar) e pedi para entrar no carro - minhas mãos estavam congeladas!






Após este trecho entramos todos no carro e andamos mais um pouco. Paramos em um local que já não fazia muito frio, mas em compensação as paisagens eram desafiadoras. Adrenalina a todo momento na descida, pois passávamos com a bike a poucos metros de um barranco enorme. Não à toa a estrada é chamada de "estrada de la muerte", e a todo momento passávamos por locais que já haviam morrido pessoas caindo no desfiladeiro (a última foi uma menina israelense, que há menos de um ano fazia um passeio como o nosso e não conseguiu enxergar o barranco devido à neblina).











Terminamos o passeio a apenas 1300m acima do nível do mar, num hotel que oferecia boa comida, piscina e redes para relaxar. Como o cansaço era grande tiramos uma sonequinha enquanto esperávamos a van que tinha levado o argentino enfermo para o hospital. Na volta dormimos mais um pouco na van (3 horas de estrada, pelo meio dos Andes) e chegamos no hotel onde encontramos um Johnis já bem melhor do que no dia anterior.

No dia seguinte acordamos por volta das 8h30 e demos uma passada na Fair Play (loja de calçados e artigos esportivos), onde foi possível fazer compras por um preço fora da realidade brasileira. Depois disso tomamos um táxi até o cemitério, que é de onde saem os ônibus para Copacabana. A viagem curta, de apenas 3 horas, foi relativamente tranquila, mesmo com um ônibus bastante precário. Nossas vivências na cidade que beira o lago Titicaca - o mais alto do mundo - serão relatadas num próximo post.

Até mais!

4 comentários:

Ana disse...

Nossa! Muita adrenalina mesmo!! A vista é maravilhosa e voces sao uns loucos!

As fotos estao demais como sempre. Adorei o relato do passeio.

Beijos!

lis onda disse...

Viagens para corajosos!!!
Blessed be! Crazyness!!!

Paulão disse...

Sinistro! Caramba, fiquei adreanado com a insanidade do drop de milhares de metros ladeira abaixo, melhoras para o hermano e sua clavícula...Isso me lembrou meus 18 anos, quando subia pelos trilhos do bondinho do Corcovado, com o 'camelo' nos ombros por cerca de 3 horas para depois descer a ladeira com o velocímetro colado nos 80 km, maior adrena também, mas depois de 5 incursões dessas nume espaço de mais ou menos 6 meses, tomei uma vaca escabrosa por conta de um punhadinho de areia da peste que deixou TODO o meu lado direito em carne viva por meses, o pior de tudo é que logo depois do acidente eu ainda me urinei de rir com meus amigos rindo da minha desgraça, típicas situações desta faixa etária, pois se tomasse um tombo deses hoje nos meus quase 47 anos de vida ia lamentar muito e ao invés dos 60 dias de recuperação da época no mínimo demandaria o triplo da tacada original...

Boa sorte rapeize, fiquem com Deus!

Abrax

Anônimo disse...

essa imagem no fundo do blog, e toda essa história de vocês viajando, me lembra muito o filme: Na Natureza Selvagem. Estou amando.