24 de março de 2011

Mais fotos!

Só queria deixar aqui dois links para quem estiver interessado em ver mais fotos da viagem!


Abraços,

Tomás

4 de fevereiro de 2011

Cusco - Lima - Brasil!

Chegando ao aeroporto de Cusco, fizemos o check in porém o nosso vôo estava impedido de decolar por causa do mal tempo. Então depois de 3hrs de sonecas meio mal dormidas nos bancos duros do aeroporto, finalmente embarcamos. Chegando no aeroporto de Lima, a primeira impressão que ficamos era de uma cidade meio bege e com indústrias ao horizonte. Nada muito atraente. Mas no caminho para Miraflores, onde ficaríamos, a paisagem já foi mudando. As construções um pouco mais "americanizadas" e a composição das ruas organizadas com os penhascos na beira do pacífico lembravam muito a costa da Califórnia. Curiosamente as casas de Lima não têm telhados porque ao contrário de Cusco, onde a chuva predomina 9 meses por ano, em Lima chuva é um fenômeno desconhecido.

Enfim, depois de se estabelecer no hostel Pirwa, eu e Johnis estávamos mortos de fome então fomos ao restaurante mais próximo e comemos um delicioso ceviche. Enquanto o Matheos que ainda não estava com fome, foi mais tarde no Burguer King. Depois de algumas indecorosas partidas de sinuca, fomos ao supermercado checar os preços das bebidas e afins.

Quando chegou a noite fizemos um esquenta e nos preparamos para o que seria a nossa última noite viajando. Não há muito o que se comentar além de que foi uma noite meio decepcionante porque a gente estava bastante no clima mas não havia nada aberto pois era domingo.

Enfim chegamos ao nosso trigésimo quinto e último dia de viagem.

Se você imaginou que nosso último dia de viagem (01/02) seria um dia daqueles meio devagar com uma ressaca de uma noite meio falida de domingo, um cansaço acumulado no corpo, uma preguiça para fazer as malas cheias de roupas pestilentas e uma expectativa intensa para voltar pra casa; sim, você acertou. Mas não terminou por aí.

Mesmo com todos estes sintomas, nosso objetivo principal do dia era ir à praia, afinal ainda tínhamos esperanças de dar surf nas águas do maior oceano deste planeta. O problema foi que fizemos uma parada para comer no caminho que nos fez voltar ao hostel para digerir as bem aproveitadas quantidades de comida fast food ingerida. Depois da digestão feita fomos até o Larcomar, uma espécie de shopping que ficava perto da praia.


Ficamos um tempo lá meio indecisos de descíamos para praia ou não afinal as condições não estavam das melhores e mesmo estando muito perto da praia, um enorme barranco nos dividia e teríamos que pegar um táxi. Enquanto deixávamos o tempo decidir para gente, passamos por uma loja de videogames – sei lá como se chama isso – e gastamos alguns novos Soles em um jogo que a gente realmente se encarnou! Aí estão algumas fotos para comprovar:



Depois disso, fomos para o hostel, jantamos e enfim pegamos o táxi para o aeroporto de Lima. Estávamos mortos de cansaço e nossos pensamentos não saiam das nossas camas. Eu mesmo já estava dormindo no carrinho junto com as bagagens. Eis que na hora de fazer o check in o atendente da LAN nos explica que não há mais lugares disponíveis no nosso vôo. Sim, no vôo que compramos em Março de 2010, nenhum lugar sequer. Em outras palavras: Overbooking. Ficamos abismados com o quão absurdo isso era e questionamos se isso era ilegal ou não. Mas na hora não havia muito o que fazer. Logo eles nos ofereceram para ir no vôo do dia seguinte no mesmo horário e disponibilizariam diárias em um tal de Hotel Sheraton. Além disso também, pagariam uma recompensa em passagem pelo desconforto do acontecido. Logo vimos que não éramos os únicos na roubada. Então trocamos uma idéia com os brasileiros que seriam nossos companheiros de hotel e vimos que a recompensa que eles receberiam não era iguais a nossa. Não tivemos dúvida em reclamar e pedir a mesma quantia (que seriam US$600 de créditos em passagem). No final, como estávamos com a nossa próxima viagem de avião garantida, com um dia a mais em Lima que poderia resultar em surf e com camas boas e boa comida garantida, chegamos ao acordo de que aquilo nem era tão roubada assim.

Chegando ao hotel, que era um cinco estrelas, comemos feito condenados no Buffet que até sushi oferecia e dormimos até as 14h do outro dia.

Foto: quando já esperávamos para realmente ir embora...

Acordamos, almoçamos e aí eu e o Johnis fomos dar uma volta no centro de Lima junto com os outros brasileiros enquanto o Matheos queimava o almoço na academia. Mais tarde tínhamos planejado de ir na praia mas ocorreram alguns desencontros e eu acabei indo para praia sozinho. Com certeza foi a praia mais peculiar que eu já fui. O mar estava um pouco mexido mas com ondas gordas e algumas raras boas quebrando bem no outside. Fiquei uma meia hora tirando fotos e caminhando até tomar coragem e me jogar na água. Ainda consegui alugar um pé de pato por cinco soles. O pôr do sol estava estonteante, colorindo cada molécula de água presente.


Bom, acho que termino o meu post por aqui. A volta foi bem tranqüila e todos chegaram em casa vivinhos da silva. Queria concluir dizendo que essa viagem foi sem dúvida nenhuma uma experiência muito intensa no sentido de estar vivendo, conhecendo e experimentando muitas coisas novas e indo de lugares maravilhosos a outros ainda mais legais sem nem dar tempo pra pensar o que era melhor mas só curtir o que cada um tinha de oferecer.

É claro que cada lugar que passamos tem suas características específicas, vantagens e desvantagens mas o lugar que eu mais me identifiquei foi com certeza o deserto do Atacama quando passamos os três dias no jipe. Um lugar muito inóspito que eu voltaria sem hesitar.

Bom, como algumas pessoas já haviam nos dito, nosso roteiro estava um pouco mal balanceado na questão de quantidade de atividades e tempo. Afinal passamos por cerca de 11 cidades em apenas 35 dias. E sentimos isso na pele no final da viagem quando todos nós estávamos meio doentes e acabados. E também nos momentos que teríamos que sair de alguma cidade com a impressão de que não havíamos aproveitado tudo que ela nos oferecia.

Bom, acho que o melhor de tudo foi justamente o fato de ter realizado esse acontecimento que já estava na cabeça e no papel desde o início do ano. A sensação de ter conseguido realizar esse sonho é difícil de colocar em palavras.

Foi muito legal também termos realizado o blog e espero que ele inspire e ajude pessoas que se aventurarem a seguir as nossas pegadas.

Um grande abraço!

Tomás Susemihl

http://flavors.me/tommihl

3 de fevereiro de 2011

Machu Picchu

Escrevo com algum atraso meu último post sobre relatos da viagem. O atraso ocorreu devido à correria do final de viagem, muito maior do que imaginávamos que seria. Machu Picchu, o principal tema desta postagem, foi algo muito mais cansativo do que podíamos pensar. Muito mais mesmo. Veremos por que...

Continuando de onde paramos, o dia seguinte começou bastante cedo. Levantamos, comemos algo rápido e fomos até a agência pegar o transporte rumo ao Vale Sagrado. Já nesse momento começou a correria, quando precisamos arrumar tempo sabe-se lá de onde para passar ainda nos caixas eletrônicos e sacar dinheiro. Além disso, o Tomás havia perdido seu cartão, e só conseguiria pegar sua grana numa agência da Western Union que era ainda mais longe. Loucura? Mais ou menos, correria atrás de correria mas no fim deu tudo certo.

No ônibus encontramos pessoas que já havíamos esbarrado pela viagem, o que nos faz questionar se é somente Florianópolis que é do tamanho de uma ervilha. Acho que a América do Sul faz parte desta metáfora como um todo. A primeira parada foi numa feira de artesanatos locais, onde além de algumas compras pudemos tirar fotos dentro de um cercado cheio de lhamas. Muito maneiro, curti demais esse animalzinho curioso.


Passamos depois Pisaq e Ollantaytambo, que são locais que nos tempo antigos eram também habitados por incas, assim como Machu Picchu. A arquitetura consiste em algo totalmente diferente dos padrões que conhecemos hoje em dia, é simplesmente sensacional e imperdível. Além disso a paisagem ao redor é maravilhosa, e fica fácil compreender o motivo dos incas considerarem as montanhas como algo sagrado.









Após Ollantaytambo nos separamos do grupo da excursão para tomar o trem que ia à Águas Calientes. Uma facada, por uma viagem de 2 horas eles cobram meros 35 dólares. Isso que pegamos o horário mais barato (noturno) onde não se consegue enxergar absolutamente nada da paisagem. Chegamos em Águas Calientes por volta das 23h e nos acomodamos no hostel que a agência havia reservado para nós. Bom, mas com muitas falhas, como o snack que haviam dito que dariam e não tinha e a falta de pessoas na recepção o tempo todo, o que em muitos momentos faz parecer um hostel fantasma.

Combinamos de acordar bem cedo no dia seguinte pois queríamos de qualquer maneira subir o Huayna Picchu, um monte ainda mais alto de onde é possível ter uma visão privilegiada do santuário de Machu Picchu. Para conseguir ir até este ponto é necessário muito esforço, pois todos querem subir e só há 400 vagas por dia, pelo fato de ser um local perigoso que não tem condição de muitos subirem ao mesmo tempo. Nosso cedo foi mais cedo que o habitual, colocamos o despertador para às... 2h30 da manhã! Claro que com o sono que estávamos o alarme quando tocou foi somente o aviso de que estava quase na hora e o suficiente para combinarmos de dormir mais uma horinha. O problema foi que nessa horinha seguinte não ouvimos o alarme tocar, o que praticamente acabou com nossas esperanças de subir o outro monte. Foi quando não sei como, por conta de que milagre, eu acordo às 4h40, olho o relógio e, extremamente revoltado com a nossa falha conjunta, acordo todo mundo e em questão de minutos ficamos prontos para sair. Começamos a caminhada e ainda estava totalmente escuro, não era possível enxergar nada, somente ouvir o forte rio que nos guiava pelo lado da estrada de terra batida. Chegamos ao pé da Grande Montanha e nunca em nossas vidas poderíamos imaginar o que nos esperava. Uma subida extremamente desgastante, entre escada de pedra muito íngrime, mato e uma altitude já considerável para quem está acostumado com o nível do mar. Exaustos chegamos ao topo um pouco antes das 6h, e felizmente conseguimos ficar entre os 150 primeiros que chegaram. Nossa entrada para Huayna Picchu estava garantida!

Como carimbo em nossa entrada, o sorriso no rosto e o cansaço no pulmão, entramos enfim no santuário sagrado de Machu Picchu. A primeira vista não poderia ser melhor, o local é maravilhoso e nada além do que todos falam. Espetacular. Muitas nuvens ainda rondavam pelo céu o que causava um efeito muito bonito juntamente com as montanhas e pedras. Não parávamos de tirar fotos pois o local era demais. Particularmente não encontrei lugar mais impressionante ao longo da viagem inteira.









Eu e o Tomás ainda fomos dar uma caminhada até a ponte inca, local que também rendeu belas fotos. Passamos por caminhos que beiravam o barranco, e qualquer erro poderia ser fatal. Como recompensa uma bela paisagem e fotos que não são possíveis em qualquer outro lugar deste mundo. Voltamos ao local das ruínas e demos uma descansada (entenda-se dormida mesmo), pois às 10h teríamos mais uma árdua trilha: a subida de Huayna Picchu.









Entre pedras, barranco, e belas vistas chegamos após cerca de duas horas de caminhada ao seu topo. A vista é realmente alucinante, e pudemos compreender perfeitamente o motivo de todos quererem subir tal lugar. Após algum tempo mais do que merecido de descanso lá em cima voltamos abaixo e muito cansados combinamos que nossa excursão extava chegando ao fim. Já não restava fôlego para mais nada e tudo que queríamos era um banho de água quente e uma cama para descansar.






Descemos e ficamos pela cidade esperando nosso trem, que só sairia às 19h30. Nesse meio tempo encontramos uma loja que possuía video-game com winning eleven e fizemos a festa, matando toda a saudade do joguinho que estávamos desde o início da viagem (Johnis freguesão). Fizemos uma janta e embarcamos no trem. Chegamos em Ollantaytambo novamente e lá havia, felizmente, a van da agência nos esperando para regressar até Cusco. Foram mais umas duas horas de viagem que nem notamos passar, pois cansados todos apagaram enquanto o ônibus andava.

Chegando em Cusco não pensamos duas vezes e fomos direto para o hostel dormir, pois no dia seguinte logo cedo (7h56) já tínhamos o vôo rumo a Lima. Nossa chegada no Brasil era para ter ocorrido ontem mas devido a um imprevisto que será contado pelo Tomás na próxima postagem chegamos somente hoje, exaustos e mais cansados do que nunca.

Minha participação no blog vai chegando ao fim, acredito que depois desse escreverei apenas mais um texto sobre minha visão geral desta viagem, que já posso adiantar, foi sensacional. Qualquer um que tiver a oportunidade de fazer algo parecido não hesite, vá em frente e não tenha medo, vale à pena demais. Podendo colaborar com futuras viagens, fico aberto a dar qualquer ajuda para quem precisar. Para isso deixo aqui meu e-mail: matheosdilucia@yahoo.com.br.

Para finalizar gostaria de deixar meu agradecimento à todos que acompanharam nosso blog, ele simplesmente fez muito mais sucesso do que poderíamos pensar. Pessoas que nunca imaginei que poderiam estar acompanhando estavam, e isso nos deixa ainda mais feliz. Neste momento temos quase 3500 visualizações em pouco mais de um mês, o que prova que se pelo menos os textos não eram tão agradáveis de ler pelo seu tamanho (desculpem mas não consigo ser muito sucinto, prometo que estou acabando), pelo menos as imagens agradaram.

Um abraço à todos e até um próximo mochilão!

30 de janeiro de 2011

Cusco

Fala galera. Estamos aqui no aeroporto da cidade de Cusco, 7h45 da manhã, e esperando pelo nosso vôo para Lima. Depois de aproximadamente 5000km de ônibus, nosso final de viagem ganhou um avião, que está sendo tratado por todos como algo espetacular, pelo cansaço que já tomou conta de nós faz tempo.

Detalhes à parte, estamos deixando uma cidade que agradou e muito a todos, a capital histórica do Peru, Cusco! Suas construções antigas e sua arquitetura colonial fazem dela um local muito agradável. Somado a isso está nosso hostel, muito bom, e pertinho da Plaza de Armas, onde a vida de Cusco acontece.





Nossa estadia na cidade foi bem tranqüila, chegamos no primeiro dia (26/01) às 5h30 da manhã e fomos direto ao hostel. Ficamos no Pariwana (se alguém planeja vir a Cusco, 100% recomendável), e após um check-in tranqüilo, fomos dormir, pois a noite anterior havia sido cansativa devido à longa viagem de Copacabana com parada em Puno. Ficamos no hostel mesmo pela tarde, com direito a churrasco (que cá entre nós, valeu mais pelas pessoas que conhecemos do que pelo churrasco propriamente dito), ping-pong e campeonato de ping-pong entre hóspedes do hostel e alguns membros da staff; campeonato este que teve como campeão incontestável... eu mesmo. Vitórias tranqüilas na primeira rodada e na final, e uma vitória suada contra o Matheos na semi. O prêmio foi uma garrafa de vinho, e como eu odeio vinho, quem ganhou o prêmio na prática foi o Tomás. Fazer o que, fiz minha boa ação do dia.





Mais para o final da tarde fomos à Plaza de Armas e de cara vimos como era bonita. Fechamos o Valle Sagrado e voltamos ao hostel, parando antes no mercado para comprar nossa janta. Comemos e ficamos algumas horas conversando com uns caras de SP que estavam no mesmo quarto. Combinamos de sair, mas eu estava mal (aquela mesma doença ainda; agora estou melhor, ainda bem, mas a tosse não passou) e fiquei no hostel. Fui dormir cedo devido ao meu estado de saúde, e valeu à pena. Acordei quase meio-dia e me sentindo mais disposto, mesmo com a maldita tosse enchendo o saco. Ficamos pelo hostel no começo da tarde, e depois descobrimos com um dos paulistas que havia uma empresa de turismo que fazia Machu Picchu por um preço muito bom. Não tivemos dúvida, fomos com ele até lá e fechamos o passeio por um preço bastante inferior ao que havíamos visto previamente; pronto, uma das sete maravilhas do mundo estava agendada, e dentro de dois dias a conheceríamos!



No começo da noite eu e o Tomás voltamos à Plaza de Armas para contemplar sua beleza sem a luz do dia, e não nos arrependemos. Havia uma fonte iluminada e a catedral ao fundo, tudo muito lindo. Tiramos algumas fotos, e depois voltamos à primeira agência (a do Valle Sagrado) para cancelar o passeio, já que nosso tour para MP incluía o Valle Sagrado no primeiro dos dois dias. Após uma discussão nada agradável com a mulher, conseguimos somente metade do nosso dinheiro de volta; não dá mesmo pra confiar nesse tipo de gente.



Voltamos ao hostel, fizemos nossa comida, e fomos para a cama cedo. O dia seguinte começaria às 8 da manhã, com o passeio ao Valle Sagrado dos Incas. Pernoitaríamos em Aguascalientes e no outro dia ainda de madrugada subiríamos Machu Picchu. A ansiedade estava grande! Isso, porém, fica para outro post, produzido pelo Matheos.
Essa foi minha última participação no post, e espero que tenham gostado. Curti muito poder relatar nossa viagem aqui, e espero que outras venham. Agradeço a todos que acompanharam, e que além de agradável, possa ter sido útil para quem tenha interesse em visitar essa região.

Grande abraço aos amigos que nos acompanharam virtualmente,

João.